Compaixão

Alguma vez sentiu compaixão por alguém?

Para responder a esta pergunta é importante, em primeiro lugar, conhecer o real significado deste sentimento tão necessário e que é uma das ferramentas mais poderosas que temos para transformar o mundo. Muitos associam a compaixão com a pena, não é isso, pois na verdade trata-se de algo que vai além da sensiblização com o sofrimento do outro. Trata-se de uma emoção que não envolve apenas sentir, mas também agir, fazer a diferença na vida de alguém e na sua.


Dividindo a palavra, com paixão, verificamos que está relacionado com o amor, com a paixão. E não deve ser apenas em más situações, podemos sentir compaixão quando alguém próximo de nós realiza um sonho e nós ficamos igualmente felizes por essa pessoa, como se o triunfo também fosse nosso. Por isso a célebre frase de

“ nos momentos maus vemos quem está connosco”

Não é de todo verdade. Nos bons momentos também vemos quem realmente fica feliz por nós, quem vive as nossas emoções. 

Segundo Dalai Lama, o ser humano pode experimentar dois tipos de compaixão. Primeiro é a compaixão biológica, faz parte do instinto, é o que leva as mães a cuidarem dos seus filhos e a preocuparem-se com o bem-estar destes desde o nascimento. Isto pode ser observado também no mundo animal entre diversas espécies, com maior destaque para os mamíferos.


O segundo tipo de compaixão é aquele que se utiliza da inteligência humana para expandir o sentimento de ordem biológica. Desta forma, através de conhecimento, podemos aprender a ter compaixão e utilizá-la para espalhar o bem não apenas entre amigos e familiares, mas também a outros seres que estão em necessidade. É dessa forma que cada um poderá fazer a sua parte e contribuir para um mundo melhor.


Mas como desenvolver a compaixão?

Deixamos alguns exercícios para que possa desenvolver esta competência.

  • Comece por si, para mudarmos o mundo temos de começar por nós. Desenvolva esta capacidade primeiro consigo, como já mencionamos compaixão não é ter pena, é olhar com bondade para o outro, ou no caso para o próprio. Não se culpe tanto por decisões que tomou, cuide-se com carinho, reconheça o seu valor. Assim terá mais força, determinação e capacidade de praticar o bem aos outros.
  • Encontre semelhanças no próximo, é comum vermos os outros de forma diferente. Ainda assim, por mais diferenças que possam existir também existem muitas semelhanças, a começar no facto de todos sermos seres humanos. Adotar uma postura mais humana perante o próximo fará com que desenvolva uma visão mais humana e sensível, compadecendo-se com as emoções e necessidades do outro.
  • Observe as necessidades do próximo sem julgamentos, para que este sentimento seja genuíno é necessário que não existam julgamentos. O julgamento deve ser evitado porque este limita a compaixão, transformando-a num simples sentimento de pena, que não contribui e não transforma.


Comece com pequenas mudanças, em pequenas situações. Estas mudanças fazem toda a diferença quando nos relacionamos connosco, com os outros ou com o mundo.

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