Fechar ciclos e seguir em frente….
Num dia de inverno, com o Sol a brilhar com apenas 10 graus de temperatura , um sentimento de nostalgia invade a minha consciência trazendo recordações de tempo perdido e minutos desperdiçados que não voltam mais. Neste momento, entendi que o tempo é o meu bem mais precioso, o tempo é a minha vida.
Os ciclos são uma parte importante do desenvolvimento e crescimento de uma determinada pessoa, estão dentro do círculo pessoal, social e familiar.
Quando nos referimos a ciclos, falamos de processos de vida que começam, desenvolvem-se e terminam. Embora na prática nada termine completamente, é importante aprender a fechar ciclos quando o processo acaba, para conseguirmos seguir em frente. Cada ciclo contém novas pessoas, conhecimentos, experiências e aprendizados que nutrem o indivíduo para sua própria reflexão e crescimento.
Inicialmente é importante diferenciar o fecho de um ciclo e uma perda. Durante as etapas da vida, num fecho dos ciclos, podem existir perdas. No entanto, as perdas nem sempre significam o fecho de um ciclo. Diferenciar estes dois processos é essencial para conseguirmos percecionar se realmente estamos perante um fecho de ciclo. Desta forma é mais fácil identificar o passo seguinte e lidar melhor com a situação.
A perspetiva com que encaramos o fecho de um ciclo é fulcral para o nosso futuro, nunca poderemos avançar sem resolver ou encerrar situações, coisas ou pessoas pendentes. A estagnação de um ciclo por encerrar compromete diretamente o seu desenvolvimento pessoal e a promessa de um futuro promissor.
Com o fecho de um ciclo o indivíduo ganha a capacidade de concluir com êxito uma ação, sentimento ou estágio da vida. Normalmente, este processo é mencionado como uma maneira de superar e seguir seu próprio caminho, deixando de lado o que não gera mais nenhum benefício.
Um passo importante durante o encerramento de um ciclo é ter consciência do que restou dessa etapa da vida, e que faz parte do que somos hoje. A aceitação de que permanece algo, desse ciclo, sendo parte de nós é fundamental para podermos encerrar esse processo. Somente com atenção a isso, de forma verdadeira, podemos nos libertar para o que vem depois e para o novo que se avizinha. Quando aceitamos o fim, submetemo-nos à realidade e isto confere-nos força, coragem e perseverança.
É natural que sinta medo, ansiedade, stress ou até pânico, pois em cada fim de ciclo o indivíduo experiencia o sentimento de que algo que é maior que ele. E isto é deveras assustador. No entanto, devemos ter em conta que o fim de algo está sempre acompanhado pelo medo, e este deve ser vivenciado.
Quando avançamos entramos em contacto com o fluxo da vida que permite que algo novo chegue até nós.
Há algo que flui e que deseja manifestar-se através de cada início e fim. Isto é apenas o movimento da vida. Mas, para isso, é necessário o espaço livre para florescer.
Aceitar o papel daquilo que se encerra na sua vida, preparar o espaço para que a próxima experiência possa surgir. Assim, com cada vínculo no seu lugar, o fluxo de toda a vida seguirá adiante.