Os Benefícios da Meditação

Já alguma vez meditou?

Actualmente, os efeitos desta prática no organismo e no comportamento humano têm sido muito alvo de estudos, apesar da meditação ser praticada há milénios, nas filosofias do Oriente. Principalmente na Índia, onde supostamente foi desenvolvida esta prática.

Para alguns, a meditação é uma espécie de treino da atenção plena à consciência do momento presente, ou seja a ideia é a mente não vaguear com pensamentos sobre o futuro ou recordações do passado.

 Outros estudos consideram que, na meditação, a interpretação dos factos é mais importante do que os factos em si. Esta prática tem contribuído de forma significativa para a evolução e desenvolvimento em diversos âmbitos da vida dos praticantes.

Especificamente é um exercício interior, um momento de concentração profunda, que o/a coloca em contato com o equilíbrio geral. A técnica constitui uma grande variedade de práticas que visam a um treino mental, com intuito de educar a mente, a estar no presente. Isto é, desenvolver e aprimorar habilidades para lidar melhor com as emoções, como a ansiedade, e conviver melhor consigo mesmo. Entre os diversos benefícios já observados em praticantes é importante destacar a grande influência em mudanças comportamentais.

Estudos mostram que a meditação também pode auxiliar na diminuição de pensamentos distrativos e ruminantes, melhora a atenção, a saúde e a qualidade das relações familiares e profissionais. Outras pesquisas também apontam que os praticantes regulares de meditação, demonstram ser indivíduos mais alegres, estáveis emocionalmente, confiantes e tranquilos.

Para além dos benefícios do autoconhecimento e uma percepção mais holística da vida, temos:

• Redução do stress e ansiedade;
• Aumento da capacidade de concentração;
• Aumento da capacidade de memorização;
• Desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático;
• Desenvolvimento da criatividade;
• Redução significativa da agressividade, ira ou raiva;
• Maior equilíbrio emocional;
• Alívio de dores crónicas;
• Aumento da imunidade.

Qualquer prática pode ser considerada meditação?

Foram definidos elementos, actualmente aceites pela ciência, para caracterizar a prática da meditação, são eles: uso de técnica claramente definida, com foco em atenção e produção de relaxamento muscular e psíquico com redução do pensamento lógico.

Existe um movimento indispensável para qualquer prática meditativa, que envolve respiração, concentração e postura. Assim, a meditação trabalha a mente e o corpo. A prática pode ser feita em 15 minutos, e com persistência e regularidade consegue, cada vez mais, ver mudanças no seu quotidiano.

Os tipos de meditação

Várias são as modalidades:

Zazen, uma meditação zen-budista que estuda o EU;

Kinhin, praticada durante uma caminhada, concentrando a atenção nos pés; meditação transcendental, que provém das tradições hindus e consiste em repetir um som para si, para que o foco da sua mente se redirecione para o som. Além disso, existe meditação guiada, caracterizada pela formação de imagens, que induzem o relaxamento;

O Qi Gong, prática que combina meditação, relaxamento, exercícios físicos e de restauração para manter o equilíbrio;

Tai Chi, uma forma de artes marciais chinesas;

O yoga, na qual são utilizados exercícios de respiração e postura para acalmar a mente e desenvolver um corpo mais flexível.

Como reage o cérebro à meditação

O nosso cérebro reage bastante bem às práticas meditativas. Diversos investigadores, dedicam-se ao estudo da interferência da meditação no comportamento humano, na saúde e no funcionamento do cérebro. Estudos demonstram que a meditação pode ativar certas áreas cerebrais. Isto deve-se à plasticidade do cérebro, isto é, este possui a capacidade de desenvolver novas conexões, na medida em que é estimulado. A meditação funciona como um estímulo e, de acordo com o tempo e regularidade da prática, os efeitos cerebrais, físicos e comportamentais podem ser ampliados.

A meditação é mais que um bom caminho, é essencial para aprendermos a viver com qualidade e sabedoria. As pesquisas provam a sua eficácia e como prática milenar não faz parte de modas passageiras. Não existem contra-indicações quando falamos sobre meditação.

Portanto, não hesite, medite.